Latam Rental

11 September 2018

Espera-se que o mercado latino-americano de locação tenha chegado ao fundo do poço em 2017 e agora volte se reerguer.

Embora o ano de 2017 tenha sido um ano ativo para a indústria de locação mundial, mais uma vez o setor na América Latina se manteve à margem dos bons resultados, com mais quedas do que aumentos em um mercado caracterizado por incerteza e instabilidade. Porém, é de se esperar que 2018, um ano com diversas eleições presidenciais na região, traga consigo mais estabilidade política e econômica, e que com isso o mercado de locação possa retomar ao seu caminho de crescimento merecido. Lamentavelmente, as eleições presidenciais no Brasil, país decisivo em qualquer ranking latino-americano, por serem no fim do ano não afetarão o suficiente os resultados de rendimentos de 2018, porém é de se esperar que em 2020 possamos ter uma leitura muita mais favorável nesse país, e em todo o subcontinente.

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Em resumo, as 45 principais empresas de locação de equipamentos de construção da região geraram rendimentos de US$2,16 bilhões, contra os US$2,31 bilhões do ano passado, registrando assim uma queda no mercado de 6,1%, com 32 empresas listadas registrando quedas em suas receitas. É importante destacar que existe uma diferença nos rendimentos totais registrados em nossa edição passada, quando havia-se calculado um total de US$2,18 bilhões para os rendimentos de 2016, sendo isso fruto de correções em algumas estimativas.

O primeiro lugar continua sendo da britânica Aggreko, especialista em equipamentos de geração de energia, empresa que testemunhou um crescimento de 14% em seus rendimentos na região, alcançando 343 milhões de libras, algo em torno de US$435 milhões.

A brasileira Ouro Verde segue em segundo lugar com rendimentos de US$182 milhões por seus aluguéis de maquinaria pesada, o que representa uma queda de 1,9% em relação aos US$186 milhões de 2016.

No top 10 do Latam Rental há 3 empresas dos Estados Unidos: Ameco, APR Energy e SoEnergy, estas duas últimas dedicadas à geração de energia, assim como a empresa primeira colocada da lista.

A Ameco manteve o terceiro lugar no ranking com rendimentos, durante 2017, de US$131 milhões, enquanto a APR Energy e a SoEnergy se aproveitaram das quedas da Locar Guindastes e Transportes Intermodais e da SK Rental para avançar duas posições cada uma, ficando com a 5ª e a 6ª colocações respectivamente.

Entre as empresas dos Estados Unidos, no quarto lugar, está Máquinas Diesel. A distribuidora da Caterpillar no México gerou rendimentos de US$110 milhões em 2017 e, embora isso represente uma queda de 4,3% em relação ao ano anterior, a empresa também se beneficiou da queda da brasileira Locar.

Também distribuidora da Caterpillar, porém no Peru, a Ferreyros experimentou um saudável crescimento de 10,8% com os negócios de Rentafer e Unimaq, alcançando um faturamento de US$94,4 milhões.

As últimas três colocações correspondem às já mencionadas Locar e SK Rental que, junto com a argentina Sullair, encerram o Top 10.

Países

Apesar das importantes quedas do mercado brasileiro, o país continua se mantendo no topo do Latam Rental e mantém os mesmos 18 representantes da edição passada. Porém, houve uma queda de mais de cinco pontos porcentuais na sua representatividade, abarcando 30,8% dos rendimentos obtidos em 2017. A queda não surpreende se considerarmos que absolutamente todas as empresas brasileiras mantiveram ou diminuíram seus rendimentos de locação.

O segundo país com maior representatividade na região é o Reino Unido (representada pela Agrekko). É que a gigante, terceiro lugar no IRN100, com seu faturamento de US$435 milhões, é responsável por 20,1% dos rendimentos totais do ranking.

A queda de rendimentos de SK Rental e Komatsu Cummins Chile Arrienda impactaram a participação do Chile, que cedeu o seu terceiro lugar para o México, que alcançou 7,1% do faturamento total.

Gastos com frota

Embora 2017 tenha sido um ano sombrio, as empresas pareceram estar se preparando para um 2018 mais dinâmico. Ao menos assim sugere o gasto com frota registrado na atual edição do Latam Rental.

As 10 empresas que declararam investimentos haviam desembolsado mais de US$249 milhões em renovação e aumento de frota.

 

Notas e agradecimentos

  • CLA agradece especialmente a José Protko e George Bahnke por seu auxílio na confecção desta lista, ajudando-nos a identificar as principais companhias de locação quando se iniciou o ranking.
  • Agradecemos também a todas aquelas empresas e pessoas que contribuíram com informação para este estudo. Se você tem algum comentário ou quer ser incluído no próximo ano, contate o editor de CLA, Cristián Peter, no e-mail: [email protected]
  • O ranking se baseou nos rendimentos de locação na América Latina de 2017.
  • Algumas cifras foram estimadas por CLA e sua revista irmã International Rental News.
  • Para as empresas que têm frotas e armazéns fora da América Latina, determinamos a influência direta da região em suas operações.
  • Os rendimentos foram convertidos usando o valor médio da moeda durante 2017.

Participe no próximo ano

Construção Latino-Americana e International Rental News lançaram uma campanha para realizar este ranking novamente no próximo ano. Esperamos que as empresas aproveitem esta ferramenta para fazer do mercado de locação uma indústria cada vez mais transparente e forte na nossa região.

Quanto mais dados tiverem essas iniciativas, mais benefícios os diversos atores envolvidos poderão obter.

Documentos de suporte

 
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