Construção argentina apresenta queda de 4,5% em setembro de 2023
13 November 2023
Segundo o Indicador Sintético da Atividade da Construção, indústria registra queda de 4,5% em setembro de 2023
O Indicador Sintético da Atividade Construtiva (ISAC), elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística da Argentina, revela uma queda de 4,5% durante setembro de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior. Esta tendência soma-se ao decréscimo acumulado de 2,9% nos primeiros nove meses do ano face ao mesmo período de 2022.
A análise detalhada dos dados analisa o desempenho do setor. Em setembro, o índice de séries com ajuste sazonal registrou variação negativa de 0,1% frente ao mês anterior, enquanto o índice de séries de ciclo tendência apresentou leve variação positiva de 0,1%.
Consumo de entrada
Em relação ao consumo aparente de insumos para construção em setembro de 2023, destacam-se aumentos de 3,3% em tintas para construção, 1,6% em asfalto e 1,3% nos demais insumos, que incluem torneiras, tubos de aço sem costura e vidro para construção. Contudo, observam-se quedas significativas em placas de gesso (-13,0%), pisos e revestimentos cerâmicos (-10,0%), louças sanitárias (-9,5%), ferros redondos e aços para construção (-9,5%), entre outros.
No acumulado dos nove meses de 2023, destacam-se aumentos de 14,1% nos mosaicos de granito e calcário, de 8,2% nos restantes insumos, de 5,4% no betão manufaturado e de 0,5% nas tintas para construção. Pelo contrário, registaram-se decréscimos de 15,8% nos artigos cerâmicos sanitários, de 15,0% nos pavimentos e revestimentos cerâmicos, de 10,8% nos tijolos vazados, de 8,7% nos gessos, de 7,6% na cal, de 5,7% nos ferros e aços redondos para construção, entre outros.
Emprego
Complementando esses dados, os empregos registrados na atividade de construção no setor privado tiveram um aumento de 10,2% em agosto de 2023 em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado de janeiro a agosto de 2023, esse indicador apresentou crescimento de 12,1%.
Expectativas
As perspectivas para o último trimestre do ano não são animadoras. De acordo com o inquérito qualitativo à construção, 59,6% das empresas que realizam maioritariamente obras privadas prevêem que o nível de actividade do sector não se altere nos próximos três meses, enquanto 34,6% estimam que irá diminuir e 5,8% que irá. aumentar. No caso das empresas que se dedicam a obras públicas, 57,4% esperam uma diminuição, 33,9% acreditam que não irá mudar e 8,7% antecipam um aumento.
As causas atribuídas a estas expectativas desfavoráveis variam entre a instabilidade dos preços, o declínio da actividade económica e os atrasos na cadeia de pagamentos. Quanto ao tipo de obras previstas, as empresas dividem-se entre conjuntos industriais, edifícios industriais, habitações e outras estruturas, de acordo com a sua especialização em obras privadas ou públicas.
Em relação à variação estimada para os próximos três meses no número de pessoal ocupado, 73,1% das empresas que se dedicam a obras privadas prevêem que não haverá alterações, enquanto 21,1% estimam uma diminuição e 5,8% um aumento. No caso das empresas que se dedicam a obras públicas, 53,9% acreditam que não haverá alterações, 38,3% prevêem uma diminuição e 7,8% antecipam um aumento.