Novo estudo: mais de um terço da construção usa tecnologia imersiva

O Relatório de Construção Digital 2023 da NBS pesquisou mais de 700 profissionais da construção, desde arquitetos/engenheiros e outros consultores, empreiteiros, clientes e fornecedores, revelando que o uso da tecnologia pelo setor está crescendo. No entanto, apesar desse aumento no uso, quase metade (47%) teme que o setor esteja atrasado e 36% dos entrevistados temem ser deixados para trás quando se trata de conhecimento digital.

Com 26% dizendo que a construção finalmente encontrou seus “pés digitais”, isso sugere que a divisão digital na construção pode estar aumentando entre aqueles que adotaram novas tecnologias e aqueles que não adotaram.

O interesse em IA e aprendizado de máquina teve um aumento acentuado no ano passado, de acordo com o relatório. Foto: AdobeStock

O uso de gêmeos digitais ainda é relativamente baixo, mas aumentou 50% desde 2021, de 16% para 25%. Pouco mais da metade (55%) dos que usam gêmeos digitais o fazem para espelhar a construção de outros projetos e para criar um “modelo as-built”.

Os números relacionados ao número de projetos que usam elementos de construção fora do local também mostraram um aumento. Mais da metade dos profissionais (57%) esteve envolvida em um projeto que utilizou métodos modernos de construção (MMC) nos últimos doze meses. Em 2021, esse número estava oscilando em torno de 50%. Os fornecedores foram os mais prováveis (70%), seguidos por empreiteiros (63%) e consultores (58%).

O aumento da adoção da construção fora do local também se refletiu nos dados de projeto da Glenigan. Sua inteligência do setor mostra uma porcentagem ajustada ao valor de 11% dos projetos de novas construções usando MMC durante os primeiros nove meses de 2023. A Glenigan prevê um crescimento ainda maior desse número nos próximos anos, com quase 9% dos projetos de novas construções obtendo aprovação de planejamento detalhado durante os primeiros nove meses de 2023 envolvendo um elemento externo.

O estudo também apontou um apetite crescente pelo uso de tecnologias imersivas, como RA (Realidade Aumentada), RV (Realidade Virtual) e RM (Realidade Mista). Mais de um em cada três profissionais já está usando esse tipo de tecnologia e mais um em cada cinco planeja usar nos próximos três anos.

Em sua esmagadora maioria, seu principal uso é para o envolvimento das partes interessadas (74%), em que projetos futuros ou em andamento podem ser gerados digitalmente para apresentar planos detalhados. No entanto, para dois em cada três usuários, a tecnologia imersiva oferece uma maneira de visualizar interfaces de design, para que eles possam entender melhor como os projetos de construção se encaixam no ambiente existente. Pouco mais de um terço a utiliza para fins de marketing, principalmente entre os fornecedores que reconhecem seu valor na venda de produtos e sistemas.

O interesse em IA (Inteligência Artificial) e aprendizado de máquina também teve um aumento acentuado no ano passado, após o lançamento do ChatGPT e outros modelos semelhantes. Em 2020, 38% disseram que não tinham certeza se sua organização estava usando, e dos que tinham, apenas 9% estavam usando IA. Embora o uso da IA na construção ainda não tenha se consolidado (43% disseram que não têm planos de usá-la), os sinais dos primeiros usuários já são visíveis. Mais de um em cada cinco já adotou a IA, e um número semelhante disse que o fará dentro de um ano.

Oito em cada dez agora também usam uma forma de computação em nuvem como parte de seu fluxo de trabalho diário. Embora principalmente na forma de armazenamento, incluindo Google Drive, OnePoll, DropBox, etc., o estudo revelou que mais de sete em cada dez usam-na para compartilhar documentos e informações com os clientes. Três quartos também a utilizam para colaborar com outros membros da equipe, principalmente em modelos e especificações em 3D.