Argentina: diminuição da atividade de construção durante julho de 2023

A atividade de construção na Argentina sofreu queda em julho de 2023.

(Imagen: Indec)

A atividade de construção na Argentina sofreu queda em julho de 2023. De acordo com o Indicador Sintético da Atividade de Construção (ISAC) elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística, houve uma redução de 5,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Ao longo dos primeiros sete meses do ano, o índice geral também apresentou queda de 2,6% em relação ao mesmo período de 2022.

Apesar destes números, a série ISAC ajustada sazonalmente para julho de 2023 apresenta uma ligeira recuperação com um aumento de 1,1% face ao mês anterior, enquanto a série ciclo-tendência reflete um crescimento de 0,5%.

Consumo 

Quanto ao consumo aparente de insumos de construção, julho de 2023 registrou aumentos em áreas como mosaicos graníticos e calcários (6,6%), asfalto (6,0%), entre outros. Contudo, registaram-se quedas significativas em louças sanitárias (22,9%), pisos e revestimentos cerâmicos (18,5%) e ferro e aço redondo para construção (17,1%).

Analisando o acumulado dos sete meses de 2023, destaca-se o aumento dos mosaicos graníticos e calcários (16,8%) e dos restantes insumos (12,0%). No entanto, também se observam quedas, sendo as mais significativas as louças sanitárias (17,0%) e os pisos e revestimentos cerâmicos (15,9%).

Expectativas futuras

As perspectivas para o período agosto-outubro de 2023 não são animadoras. De acordo com um inquérito qualitativo realizado junto de grandes empresas do sector, mais de metade prevê que o nível de actividade se mantenha ou diminua nos próximos meses, tanto nas obras privadas como nas públicas. As principais causas desta estimativa negativa são a queda da atividade econômica, a instabilidade dos preços e os atrasos na cadeia de pagamentos.

Quanto ao tipo de obras projetadas para os próximos três meses, as empresas voltadas para obras privadas indicam inclinação para montagens industriais (15,1%) e habitacionais (14,9%). Por outro lado, as empresas focadas em obras públicas projetam principalmente obras rodoviárias e de pavimentação (21,7%).

Relativamente à variação estimada do emprego no sector, a generalidade das empresas antecipa que não haverá alterações significativas no número de pessoal contratado.

No que diz respeito às políticas de incentivos, a estabilidade de preços e a revisão da carga tributária são as mais destacadas pelas empresas. Por último, no que diz respeito às necessidades de crédito, a maioria das empresas, tanto privadas (67,5%) como públicas (65,4%), elege o sistema bancário como principal fonte de financiamento.

Estes dados refletem a situação atual do setor da construção e as expectativas de curto prazo, sublinhando a importância de políticas estáveis ​​e incentivos para reativar a atividade.

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Cristian Peters
Cristián Peters Editor Tel: +56 977987493 E-mail: cristiá[email protected]
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