Chile: consumo aparente de aço reverte tendência de queda
20 December 2023
O consumo aparente de aço, quantidade total de produtos laminados resultantes da produção local, mais as importações e excluindo as exportações, registou uma forte tendência decrescente desde Janeiro de 2022 e parou de cair desde Junho de 2023.
Após uma queda acentuada de 30,4% no consumo aparente de aço no Chile durante 2022, entre janeiro e setembro de 2023 foi registrada uma queda de 0,3%, totalizando 1.821.000 toneladas em comparação com as 1.826.000 toneladas registradas nos três primeiros trimestres de 2022.
“A análise quinquenal do último Steel Report mostra que a curva de tendência do consumo aparente de aço muda a inclinação descendente a partir de janeiro de 2022 e começa a se estabilizar a partir de junho de 2023, com ligeiros aumentos”, comentou Juan Carlos Gutiérrez, diretor executivo do Grupo. Instituto Siderúrgico Chileno (ICHA).
Segundo o executivo, a atividade nos setores da construção, mineração e indústria seriam os principais gatilhos “e consequentemente os sinais de reativação dos investimentos geram as condições para conter e modificar o declínio”, disse Gutiérrez.
Por famílias de produtos, os aços longos que incluem perfis e barras registraram queda de 10,6% nos primeiros nove meses do ano em relação ao mesmo período de 2022, atingindo um total de 770 mil toneladas.
Já a família de aços planos registrou aumento de 9,3% nos períodos comparados, atingindo 1.022 mil toneladas. Nesta família destaca-se o aumento de 29,8% no consumo aparente de chapas grossas, totalizando 207 mil toneladas de consumo aparente.
Projeções 2023 e 2024
Apesar das quedas registradas nos primeiros nove meses do ano, Gutiérrez destacou que conforme indicado no último Relatório do Aço, até 2023 o consumo aparente de aço deverá atingir 2.379 mil toneladas, o que representaria um crescimento de 3,9% em relação a 2022. “Embora esse aumento não é dinâmico, a boa notícia é que não se vê uma queda contínua para este ano”, disse o executivo.
Ainda assim, segundo as projeções da ICHA, em 2024 voltaria a registar-se uma diminuição de 0,6% no consumo aparente de aço, face a 2023.