Argentina registra novo declínio na atividade de construção em agosto
10 October 2023
As perspectivas para o período de setembro a novembro de 2023 não são animadoras.
A atividade de construção na Argentina sofreu uma queda em agosto de 2023. De acordo com o Indicador Sintético de Atividade de Construção (ISAC) compilado pelo Instituto Nacional de Estatística, houve uma redução de 3% (que segue uma queda de 5,8% em julho) em comparação com o mesmo mês do ano passado. Nos primeiros oito meses do ano, o índice geral também mostrou um declínio de 2,7% em comparação com o mesmo período de 2022.
Assim, a série ISAC ajustada sazonalmente para agosto de 2023 mostra uma contração de 1,2% em comparação com o mês anterior, enquanto a série de tendência do ciclo reflete um crescimento de 0,4%.
Consumo de insumos
Em termos de consumo aparente de insumos de construção, agosto de 2023 registrou aumentos em áreas como mosaicos de granito e calcário (11,3%) e tintas para construção (8,8%). No entanto, houve quedas significativas em asfaltos (18,7%), pisos e revestimentos cerâmicos (15,1%) e louças sanitárias (14,5%).
Analisando o acumulado durante os oito meses de 2023, destacam-se o aumento em mosaicos de granito e calcário (16%) e o restante dos insumos - incluindo torneiras, tubos de aço sem costura e vidro para construção - (9,1%). No entanto, também foram observadas quedas, sendo as mais significativas em louças sanitárias (16,7%) e concreto pronto (7,0%).
Expectativas futuras
De acordo com uma pesquisa qualitativa de grandes empresas do setor, 63,5% das empresas que realizam principalmente obras privadas preveem que o nível de atividade permanecerá o mesmo ou diminuirá nos próximos meses. No campo das obras públicas, esse sentimento chega a 50,5%. As principais causas dessa estimativa negativa são a queda na atividade econômica, a instabilidade dos preços e os atrasos na cadeia de pagamentos.
Com relação ao tipo de obras planejadas para os próximos três meses, as empresas voltadas para obras privadas indicam uma inclinação para montagem industrial (14,3%) e habitação (14,3%). Por outro lado, as empresas voltadas para obras públicas estão planejando principalmente obras de estradas e pavimentação (21,2%).
Com relação à mudança estimada no emprego do setor, a maioria das empresas prevê que não haverá mudanças significativas no número de funcionários contratados.
Esses dados refletem a situação atual do setor de construção e as expectativas de curto prazo, ressaltando a importância de políticas estáveis e incentivos para reativar a atividade.