Atlas Copco venderá marca Dynapac

A Atlas Copco anunciou que planeja grandes mudanças em sua estrutura corporativa, incluindo a divisão do grupo em duas companhias abertas, e a venda de sua área de construção rodoviária, ou seja, a venda da marca Dynapac.

O executivo Mats Rahmström (foto) foi designado como CEO a partir do dia 27 de abril. Substituirá Ronnie Leten, que está de saída da posição após oito anos.

A empresa sueca, baseada em Estocolmo, informou que pretende apresentar a proposta no encontro geral corporativo, que decidirá sobre a criação de duas futuras empresas: uma será a própria Atlas Copco e a outra com o nome provisório de NewCo. A proposta é distribuir a NewCo entre os acionistas.

A NewCo se dedicaria aos clientes de mineração e construção civil, incluindo as divisões atuais de mineração e escavação de rochas, além das partes da divisão de construção que se relacionem com as anteriores.

Esta empresa teria aproximadamente 12 mil empregados, e a previsão de receita dela seria de 3 bilhões de euros, e margem operacional de cerca de 16%, baseado em cálculos de setembro de 2016.

A Atlas Copco passaria a se dedicar a clientes industriais, e manteria a divisão de compressores, equipamentos de ar comprimido e técnicas industriais, além de energia portátil, serviços e rental.

A empresa afirmou que trabalham na Atlas Copco um total de 33 mil empregados, e suas receitas estão calculadas em 7,9 bilhões de euros. Suas margens são de 20%, calculadas em setembro de 2016.

O grupo Atlas Copco foi descrito por seus executivos como um negócio muito amplo que cobre muitos clientes finais. “Os dois negócios têm diferentes fatores de geração de demanda e diferentes características. Dividi-los vai aumentar suas respectivas capacidades para agregar mais valor aos acionistas, assim como fazê-los crescer e atrair talentos”, disso o agora sainte CEO, Leten.

Construção rodoviária

Enquanto isso, o conselho de administração da Atlas Copco decidiu desinvestir na divisão de construção rodoviária.

A ideia se justificaria no fato de que a divisão não teria economia de escala o bastante para chegar a ser a número um ou dois no segmento. A companhia afirmou que com isso estaria buscando um melhor proprietário para o negócio.

A empresa informou que as indicações de cálculo de valor da divisão mostrariam a necessidade de um aporte por depreciações de cerca de 210 milhões de euros, principalmente relativos a ativos intangíveis. Este aporte será incluído nas contas do grupo de 2016.

A divisão de equipamentos rodoviários – que é parte do negócio de técnicas de construção – fabrica compactadores de asfalto e solo, além de vibroacabadoras. Os produtos são vendidos sob a marca Dynapac.

O negócio compreende operações de venda e serviço em 37 países, e unidades de fabricação na Suécia, Alemanha, Brasil, Índia e China.

A Dynapac tem 1.265 e teve receita de cerca de 309 milhões de euros em 2016.