Investimentos em energia solar aumentam e Brasil já ultrapassa 26 gigawatts (GW) de potência instalada
02 February 2024
Demanda por energia solar reflete a crescente conscientização da população.
Recentemente divulgado, um levantamento revela que entre 2012 e 2023, os investimentos em sistemas solares fotovoltaicos atingiram a marca de aproximadamente R$ 130,7 bilhões. Nesse período, a iniciativa gerou cerca de 780,1 mil empregos, contribuindo para a expansão do setor. A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) destaca que esses empreendimentos também resultaram em expressivas arrecadações para os cofres públicos, totalizando R$ 39,2 milhões.
Conforme dados da mesma entidade, o Brasil conta atualmente com aproximadamente 2,3 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados em variados locais, como telhados, fachadas e pequenos terrenos, evidenciando o crescente protagonismo dessa fonte de energia no país.
Para Tarcísio Neves, CEO da Evolua Energia, empresa de energia solar via modelo de assinatura, o crescimento na produção energética pode ser visto mês a mês. Desde julho do ano passado, a energia fotovoltaica tem crescido mensalmente mais de 1 GW. “A energia solar está em alta, e não é à toa. Além de ser limpa e renovável, sua versatilidade se destaca, como na geração compartilhada. Nesse formato, várias residências usufruem de um único sistema fotovoltaico, dispensando a instalação de placas solares individuais”, afirma.
Segundo Luca Milani, CEO e cofundador da 77Sol, um ecossistema de energia solar do país, responsável por conectar clientes interessados em projetos fotovoltaicos e integradores do setor, o notável aumento na demanda por energia solar reflete a crescente conscientização da população sobre eficiência energética e os benefícios econômicos proporcionados pelos painéis solares, que podem resultar em uma economia de até 95% na conta de energia.
Outro fator apontado pelo empreendedor é a queda dos preços dos equipamentos, que impactam positivamente no acesso a esse tipo de solução. “Por conta de um período de sobreoferta no mercado brasileiro alinhado às variações de valores de insumos vindos da China, que é o maior distribuidor de matéria-prima do setor, observamos nos últimos meses uma queda de mais de 50% no investimento nessa fonte renovável. Dessa forma, vemos que a crescente mentalidade de uma consciência sustentável em conjunto com condições favoráveis do setor permitem que a demanda siga aquecida”, explica.