Licitação de aeroporto sob suspeita no Paraguai
05 January 2017
Enquanto o governo do Paraguai quer concluir a licitação da obra de ampliação e modernização do aeroporto de Assunção em fevereiro, um grupo de deputados apresentou uma denúncia por suposta corrupção no processo, e pede investigações aos órgãos de controle.
No final de dezembro, foram abertos os envelopes contendo as propostas técnicas e econômicas para o projeto, e dois consórcios continuaram na briga, um deles formado por Vinci Airports e a paraguaia Tocsa, e outro formado pela espanhola Sacyr e a chilena Agunsa.
O consórcio que recebeu a melhor pontuação entre eles foi o da Sacyr e Agunsa. Mas os deputados afirmam que a Sacyr não poderia ter participado da oferta, porque na Espanha a empresa teve um contrato de gestão aeroportuária rescindido, com pagamento de multa de 7 milhões de euros.
No edital de licitação, de acordo com os deputados paraguaios, há uma condição de que quaisquer empresas que tenham tido problemas anteriores com relação a gestão aeroportuária não poderiam se apresentar. Além disso, acusa-se a Sacyr de apresentar uma apólice de seguros da Royal Seguros, empresa que pertence ao chefe de gabinete da Presidência do país, Juan Carlos López Moreira.
Agora caberá à Controladoria do Paraguai avaliar se, como dizem os deputados, houve tráfico de influência em favor do consórcio que obteve a melhor pontuação no certame, e além disso afirmar se a Sacyr se encontra de fato impedida de oferecer-se para este projeto.
A PPP para ampliação e modernização do aeroporto Silvio Pettirossi prevê um investimento imediato de US$ 110 milhões, e US$ 130 milhões no período de 30 anos de contrato.