Modernização da refinaria Talara
23 March 2018
O projeto contempla a instalação de novas unidades produtivas e a implantação de novos sistemas e procedimentos.
O Ministério de Economia e Finanças do Peru aprovou em meados de janeiro uma operação de endividamento externo sem garantia do governo nacional, de até US$1,3 bilhão, para financiar o projeto de ampliação e modernização da refinaria Talara, de propriedade da PetroPeru, iniciativa que envolve investimentos totais de cerca de US$5,4 bilhões.
As obras incluem o aumento da capacidade de refino da planta de 65.000 para 95.000 barris diários e a construção de unidades de processamento de alta tecnologia, como instalações para dessulfurização dos combustíveis e um esquema de refino com uma unidade flexicoking. Também se incrementará a qualidade dos combustíveis com a produção de diesel 2, gasolina e gás liquefeito de petróleo com um teor de enxofre menor que 50 ppm.
Dentro dos requisitos do projeto, encontram-se 1.700 equipamentos, 230.000 m3 de concreto, 53.000 toneladas de estruturas metálicas, 45.000 toneladas de tubulações de processo e 3.000 km de cabos. Todos estes dados refletem as dimensões deste projeto que contribuirá para o desenvolvimento energético do país.
Cofragens
A espanhola ULMA, com presença de quase duas décadas no mercado peruano, tem sido parte importante na obra de ampliação e modernização da refinaria, inclusive com aulas de capacitação técnica em andaimes para os operários do projeto. O gerente técnico da filial peruana da ULMA Construction, Alex Sierra, destaca que “neste tipo de obra, as exigências em relação à segurança e ao planejamento são elevadas e, por isso, são a nossa prioridade. A experiência da ULMA no setor tem favorecido o incremento dos ritmos de trabalho e permitiu atender as demandas desde o início do projeto”.
Um dos principais desafios foi o de criar estruturas leves e com grande capacidade de carga, tendo em conta o peso dos componentes metálicos, as sobrecargas de trabalho e a carga do vento. “Em uma primeira fase, foram construídas as unidades de produção. Posteriormente, foram montados os racks e as estruturas metálicas que servem de suporte para a passagem das tubulações e os equipamentos de petróleo refinado e de processado cru. Em ambas as situações, as cofragens e andaimes ULMA tiveram papel principal”, afirma Sierra. Na execução dos edifícios de produção são utilizados sistemas de cofragem modular leve COMAIN em muros, pilares e fundações, e o sistema ENKOFLEX de vigas de madeira nas lajes.
A ULMA destaca que o sistema multi-direcional BRIO tem cumprido uma função dupla: como uma plataformas de trabalho com soluções versáteis e como verga oferecendo uma escora resistente, segura e rígida para a concretagem de lajes e vigas de grandes alturas e com espessuras consideráveis. As múltiplas aplicações do andaime BRIO foram aplicadas em todo o complexo com mais de 4.500 toneladas de material. Os andaimes suspensos nos racks de tubulação foram modulados com larguras de 6, 8, 10 e 12 metros e com até seis níveis de plataformas em altura. “Com os componentes padrão e modulares tem sido possível trazer soluções para cada aplicação”, complementa Sierra. De fato, a versatilidade do andaime permitiu criar soluções ad hoc nas numerosas instalações da refinaria: torres de andaime de até 60 metros de altura, ou em balanço de 4 metros a cada 12 ou 14 metros, apoiados em treliça MK, para incrementar o suporte de cargas.