Setor de cimento e concreto quer ser CO2 neutro em 2050
01 September 2020
Quarenta das principais empresas de cimento e concreto do mundo apresentaram um projeto conjunto chamado “Objetivo Climático 2050”, onde está contida a linha de ação sobre a qual o setor de concreto poderá vir a ser neutro de carbono em 2050.
Lançada pela Associação Global de Cimento e Concreto (GCCA) em nome de suas associadas, a declaração é a primeira vez que as empresas se unem em nível mundial para manifestar uma ambição coletiva por um futuro neutro em carbono. O concreto é o produto artificial mais usado no mundo.
A declaração identifica os aspectos essenciais que serão necessários para atingir este objetivo. Eles incluem: reduzir e eliminar as emissões relacionadas a energia, reduzir as emissões do processo através de novas tecnologias e a prática de captura de carbono, uso mais eficiente do concreto, reutilização e reciclagem de concreto, e aproveitamento da capacidade do concreto para absorver e armazenar carbono da atmosfera.
“À medida em que enfrentamos os desafios e comecemos a recuperação econômica global, o concreto será ainda mais crítico para construir o mundo sustentável de amanhã. É por isto que estamos assumindo este compromisso agora, para que nosso setor essencial se alinhe com os objetivos globais, incluindo nisto o Acordo de Paris”, disse Dinah McLeod, diretora executiva da GCCA.
“O concreto tem um papel vital a desempenhar a fim de atender as necessidades de comunidades sustentáveis e prósperas. É um ingrediente chave da infraestrutura, dos lares, da água potável e da resiliência comunitária diante das mudanças climáticas. Também ajudará na transição a energias limpas e verdes. Este será um desafio, mas estamos completamente comprometidos a trabalhar junto a nossos membros, sócios e partes interessadas em toda a indústria, e a cadeia de fornecedores, para conseguir este objetivo”, agregou.
Segundo a GCCA, o setor de concreto e cimento já implementou uma redução de 19% nas emissões de CO2 por tonelada de material cimentício, ao lado de aumento de nove vezes no uso de combustíveis alternativos desde 1990.