ABCIC reúne o setor de pré-fabricados no Brasil
30 January 2020
A Associação Brasileira da Construção Industrializada em Concreto (ABCIC) realizou seu encontro anual em São Paulo, no qual reuniu os representantes do segmento de pré-fabricados de concreto e afins.
Íria Doniak, presidente da ABCIC, recebeu o setor n sede da entidade para contar um pouco das iniciativas recentes e os planos futuros da associação para o setor.
Entre outros vários serviços institucionais prestados pela ABCIC para o pré-fabricado brasileiro, está a proximidade com o governo federal, com o que se apoia as autoridades para que compreendam melhor o sistema de construção industrializada.
“Tivemos muitas reuniões com os representantes do Ministério da Economia, e lhes explicamos os benefícios da construção industrializada, em termos de uso de recursos e produtividade. Usar os pré-fabricados industrializa a construção para transformar o canteiro de obras numa montadora”, disse Íria Doniak.
Outro momento muito esperado da noite foi a apresentação de Ana Castelo, economista da Fundação Getúlio Vargas que realiza um acompanhamento de perto da construção brasileira e seus dados de crescimento.
De acordo com ela, a construção brasileira de fato vive uma recuperação, mas ainda lenta e sujeita a riscos. Por exemplo, a economista mostrou dados que comprovam que nada menos que 43% do PIB da construção brasileira dependem de obras informais ou reformas feitas em residências por famílias.
Segundo a economista, isto significa que parte considerável do setor está em mãos do comércio varejista, que por sua vez depende do nível de renda e emprego na sociedade. “Nós exigimos um governo que desse importância à agenda da competitividade, mas agora parece que fomos para o outro extremo do pêndulo, e precisamos nos preocupar com níveis de emprego e renda, pois sem isso a recuperação pode ficar comprometida por falta de demanda”, disse ela.
Ana Castelo também se referiu ao tema ambiental. De acordo com ela, o último Fórum Econômico Mundial mostrou ao Brasil que os investimentos estrangeiros podem não vir ao país se a questão ambiental não estiver bem equacionada. “O Brasil depende de estes investimentos, e muitos fundos podem não vir se a política ambiental não tiver a devida importância”, disse ela.