A virada de jogo do Grupo Manitou no Brasil

Empresa diversificou a atuação e se tornou sustentável no mercado brasileiro

2023 pode ser considerado um marco para o Grupo Manitou no Brasil. Este ano, a empresa, que é referência mundial em máquinas para movimentação e trabalho em altura, deverá fechar o ano com um resultado expressivo. Se considerar seu início de operações em 2015, irá registrar um crescimento de mais de 10 vezes em seus resultados locais, quando comparado ao início de atividade.

O começo das operações da empresa no Brasil foi desafiador. O mercado de construção civil, que anteriormente estava em franco crescimento, levou o Grupo Manitou a investir em uma nova fábrica na região. Porém, pouco tempo depois, por questões políticas e financeiras, o mercado caiu vertiginosamente, afetando a todos.

“Quando eu cheguei à Manitou, em 2015, o cenário estava bastante desfavorável. Tínhamos uma marca pouco conhecida, uma rede de distribuidores fraca e pouco focada, e uma fábrica iniciando em volume crescente. Tudo isso em um contexto de estagnação do mercado”, lembra Marcelo Bracco, diretor geral da Manitou para a América Latina.

Para driblar as dificuldades e ajudar o Grupo Manitou a se estabilizar localmente, Marcelo precisou usar de muita criatividade, inovação e persistência de trabalho para abrir novas frentes de atuação.

O primeiro passo foi dar vazão à produção da fábrica e passar a exportar ao Mercosul. Depois, começou a desenvolver novos mercados, como o Agronegócio e a Mineração, investindo em parceiros específicos nestes importantes setores. Na sequência, fortaleceu a atuação da Manitou no segmento de Plataformas Aéreas, sua especialidade, como também iniciou um trabalho de forte parceria junto a grandes clientes, frotistas de máquinas, muito representativos e conhecidos em todo o Brasil. “Essas ações sustentaram os resultados e a permanência do Grupo Manitou no Brasil de 2015 a 2018”, afirma Bracco.

Em 2019, depois de o Grupo comprar uma fábrica na Índia, Bracco incorporou ao portfólio da Manitou no Brasil as retroescavadeiras e minicarregadeiras, aumentando assim sua linha de produtos locais. Com essas introduções, foi necessário reestruturar a rede de distribuidores, para que não houvesse conflito de interesse com outras marcas, possibilitando o aumento das vendas e um maior conhecimento da marca em todo o país.

Marcelo Bracco, diretor geral da Manitou para a América Latina.

Hoje, após oito anos de intenso trabalho de desenvolvimento de mercado, a Manitou é uma forte e reconhecida marca em todos seus segmentos: construção, agrícola, mineração e de plataformas aéreas, sendo um forte competidor de mercado, o que tornou a filial brasileira uma companhia sustentável e eficiente.

“A expectativa para os próximos anos é continuar crescendo, com fortalecimento do portfólio atual, estruturação do pós-vendas, e desenvolver ainda mais nossa rede de distribuidores”, comenta Bracco. “Passamos por uma mudança de status dentro do Grupo Manitou, onde deixamos de ser uma fábrica com operação complexa, baixos resultados e sem notoriedade de marca, para sermos uma subsidiária de alta performance para o Grupo Manitou. Eu não poderia estar mais satisfeito”, comemora Bracco.

Quando o assunto é ter novamente uma fábrica no Brasil, Bracco não fecha as portas e lembra que o Grupo Manitou possui o DNA de fabricante e poderá retornar a qualquer momento com uma estrutura local, quando o momento for adequado para isso. “Se viermos a abrir novamente uma fábrica no Brasil, tudo será diferente, pois agora temos musculatura grande para sustentá-la muito bem”.

De olho no futuro, ele já está mapeando novas áreas de atuação e pretende desenvolver o mercado de manipuladores rotativos e de empilhadeiras no mercado industrial. “Em breve, traremos novidades ao mercado brasileiro”, finaliza Bracco.

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Cristian Peters
Cristián Peters Editor Tel: +56 977987493 E-mail: cristiá[email protected]
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