Multittech desenvolve soluções indústria ferroviária

A solução apresentada pela Multittech também focou na redução de custos e melhorias de qualidade. Foto: Multittech

Com uma cartela de mais de 250 clientes em diversos nichos da indústria, a empresa de engenharia Multittech desenvolve e gerencia projetos para apresentar inovações ao transporte ferroviário brasileiro.

Entre os trabalhos recentes, está o planejamento completo de um macaco eletromecânico, com capacidade de suportar até 25 toneladas, para manutenção de vagões de trem de transporte de carga.

O esboço resultou na produção de 32 equipamentos, realizada em parceria com a fabricante Valdefer, de Guarulhos, já em uso pelo cliente final, uma grande mineradora.

“Fizemos adequações e modernizações ao desenho de um equipamento original da década de 1980, para atender requisitos específicos do cliente, especialmente questões de segurança, com o aumento da robustez estrutural do equipamento, implantação de sensores de presença e de barreiras físicas. É um produto de muita tecnologia embarcada e modernização de engenharia”, relata a engenheira Maria Izabel dos Santos, responsável por todo o gerenciamento do projeto.

A solução apresentada pela Multittech também focou na redução de custos e melhorias de qualidade, com a aplicação de novas matérias-primas e processos de manufatura, além do redimensionamento de todo o sistema.

“Componentes que originalmente eram usinados passaram a ser fundidos, diminuindo consideravelmente os custos e o tempo de manufatura”, diz a engenheira, que acompanhou pessoalmente a fabricação do primeiro lote, de oito unidades.

Cada macaco tem três motores e pesa 2,5 toneladas. Na operação, dois jogos de quatro macacos elevam dois vagões de maneira sincronizada, garantindo a integridade do vagão articulado e impedindo o tombamento. “O conjunto pode ser operado individualmente, por meio de painéis instalados nos próprios macacos, ou sincronicamente, por meio de uma mesa de comando ou de controle remoto. Sensores de deslocamento fazem a malha fechada, para garantir a elevação sincrônica dos vagões”, descreve Maria Izabel.